Casas amarelas com telhados floridos e jardins da mais pura água salgada de um mar carioca, agrupadas lado a lado, de cima abaixo de pernas longas e sem grades. Escadas dispostas na horizontal servem de apoio para quedas constantes de suicidas frustrados que saltam das janelas de seus vizinhos para um público infantil que aplaude pelos doces jogados nas bocas de seus pais para dentro de suas orelhas.Cabelos escorrem dos braços para servirem de caminho para os céus de borboletas lilases que se escondem nas copas das árvores vermelhas. Pessoas se enforcam com suas línguas e se afogam com suas salivas enquanto constroem famílias fazendo sexo dentro da casinha do cachorro ou na caixa de areia do gato.Cortes de estiletes nos braços se confundem com marcas redondas de cigarrinhos de chocolate. Manchas vermelhas fazem cócegas em feridas abertas por beijos e o pus que escorre cai na comida do pássaro que, neste momento, bate a cigarra que está no seu bico no galho com toda ânsia e paixão para mastigá-la e sentir o seu sabor amargo causador de cânceres rosas nos olhos daqueles que sofrem com músculos no cérebro. Carros de fumaça carregam crianças avessas que brincam com suas vísceras de pular corda e com suas bexigas de queimada. No caminho para a escola, os pais gritam suavemente para seus filhos não arrancarem os dentes das girafas nem pregá-los com cuspe nas patas dos elefantes de uma floresta temperada com pimenta. Quando o sol se põe e a arara-azul surge no céu junto com as ariranhas-estrelas, as crianças se postam perto da lareira cobertas com jornal para dormirem pesadelos profundos de uma vida sonhada por seus pais com problemas de insônia que tomam café com coca-cola em busca de livros fantásticos que se escondem entre os vermes que habitam suas cabeças para contar histórias reais de uma fantasia inexistente para seus filhos.
Ui, fiquei zonza. Rs.
ResponderExcluirManeiro Milowisk.
Bj
Re