O descontrole sobre o que acontece dentro,
Dá a um homem a ideia de desmanchar,
A secura do osso em ácido corroendo-se,
Espuma dissolvendo-se na pia de lavar.
Sente-se um demente a pedir esmola,
As mãos trêmulas, a mente em bruma,
Úlcera afogada em coca-cola,
Saudade de si, melancolia e tontura.
Do tempo emerge o aroma que abala,
Até que percebe que tal fumaça,
É só um erro que de si mesmo exala,
Arma de destruição em massa.
Um homem não sabe o que sente quando nasce,
Mas sabe o que padece até que tudo passe.
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